Nesta semana a BYD revelou mais duas "versões" do Dolphin: a Diamond, que nada mais é do que a configuração de entrada do hatch pintada de preto; e a Plus, mais recheada de equipamentos e com conjunto mecânico mais avançado.
O preço do Dolphin Diamond é o mesmo que o da versão inicial, mostrada em junho, sem sobrenome: R$ 149.800. Já o Dolphin Plus cobra R$ 30 mil a mais pelo trem de força mais potente: R$ 179.800.
Lançar uma versão mais sofisticada é estratégia clara da BYD: impedir o avanço do GWM Ora 03, que foi mostrado há algumas semanas também com duas versões nas mesmas faixas de valores. Mostra que a BYD está ligada no mercado e tem foco com o Dolphin: democratizar o carro elétrico no país.
Mas o que mais explica o surpreendente sucesso do carro além do fato de a BYD estar antenada na movimentação do mercado? Abaixo, elencamos cinco motivos para entender o furor que o Golfinho chinês tem feito no Brasil.
O carro foi lançado em junho por R$ 149.800. Naquela época, esse era o valor cobrado por modelos como Renault Kwid E-Tech, JAC e-JS1 e Caoa Chery iCar, todos menores e sensivelmente mais simples que o carro da BYD.
As três fabricantes, dos três concorrentes citados, se viram obrigadas a reduzir os preços - até porque naquele ponto deixava de fazer sentido oferecer um carro menor, mais fraco e com menos autonomia que outro maior, mais sofisticado e completo na mesma faixa de preço.
O design do Dolphin é outro ponto que eleva o carro a um patamar diferente do que já existia. Não estamos afirmando que os concorrentes são feios: muito pelo contrário! São carros legais, urbanos e que super resolvem o problema de quem quer um elétrico para o dia a dia.
Aliás, fizemos um comparativo entre os três subcompactos no ano passado. Clique aqui para conferir.
Mas o fato de se chamar "Golfinho" na tradução literal, fazer parte de uma linha de carros "do oceano" e ter desenho extravagante jogam a favor do carrinho da BYD. Prova que seus compradores querem ser vistos nas ruas.
Outro ponto que vem dando certo na BYD é o marketing que vem sendo utilizado, em acordo com o crescimento natural do mercado de carros elétricos.
O Dolphin está em alta e sempre em evidência por uma série de fatores. E, por ser um bom carro, divertido e de bom custo-benefício, caiu no gosto do consumidor brasileiro.
Só que a BYD precisou investir nisso. "Nossa aposta é fazer a marca ser protagonista desta expansão", revelou - no ano passado, em entrevista ao portal Meio&Mensagem - o CMO da BYD Pablo Toledo.
“Um dos nosso objetivos é popularizar o carro elétrico, fazer dele um bem durável e acessível para população", complementou o executivo.
Vale lembrar que hoje o Dolphin é a porta de entrada para o universo de carros da BYD, mas que, em breve, a marca deve lançar um carrinho elétrico ainda menor - e mais barato - chamado Seagull.
Acredite, a BYD tem muita força. É o quarto maior grupo automotivo do mundo e superou a Ford em vendas globais há poucos dias.
Teve salto de 200% no comparativo entre 2022 e 2023 e, muito em breve, vai começar a fazer carros no Brasil - vale lembrar que a empresa já faz ônibus e outros tipos de veículos no país há alguns anos. De uma só vez, anunciou três fábricas, incluindo a que era da... Olha só, da Ford, na Bahia.
"No mundo, a BYD vendeu quase 1,9 milhão de veículos, bem a frente da Tesla, com 1,3 milhão”, revelou Toledo. Isso só comprova que a empresa não está para brincadeira.
Também vale citar que o nível de sofisticação do Dolphin é bem superior ao dos três compactos de valor equivalente e meio que se nivela ao que o Ora 03 oferece, só que até agora o carro da GWM não emplacou como o Golfinho.
É possível que nos próximos meses a gente possa acompanhar a evolução nas vendas do Ora, já que a GWM até tem mais concessionárias espalhadas pelo país - afinal a rival chinesa também vende SUVs híbridos e venderá picapes médias em nosso mercado.
Mas, por enquanto, quem manda é o Dolphin.
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