A Renault anunciou que fabricará no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR), um SUV inédito baseado na plataforma CMF-B e equipado com motor 1.0 turboflex. O novo carro será o sucessor do Stepway e deverá estrear no mercado brasileiro até 2024 para competir contra Fiat Pulse e Volkswagen Nivus.
A informação oficial da marca francesa coincide com o flagra mostrado recentemente no WM1 de um novo Dacia Stepway que rodava camuflado nos arredores da fábrica da Renault, na região metropolitana de Curitiba (PR). Derivado justamente da plataforma que será a base do novo SUV da marca francesa, o hatch aventureiro serve de mula de testes de componentes.
“A chegada da moderna plataforma CMF-B, juntamente com um novo motor 1.0 turbo dão continuidade à nossa estratégia de reforçar nossa presença em segmentos mais altos do mercado, coerente com o plano estratégico Renaulution”, explicou Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil.
Renaulution é a estratégia global anunciada no final de 2021 que prevê investimentos da marca em carros investimento em eletrificação, redução de custos e lançamentos com foco nos segmentos mais rentáveis. No Brasil, o plano da Renault terá um aporte de R$ 1,1 bilhão para a renovação de sua gama atual com cinco novos carros e dois elétricos ainda no primeiro semestre de 2022.
“Esta decisão demonstra o início da fase ‘Renovation’ do nosso plano estratégico Renaulution na América Latina. Seguimos trabalhando para a aprovação de outros produtos para os demais países da Latam onde temos fabricação”, disse Luiz Fernando Pedrucci, presidente da Renault América Latina.
Outra novidade que pode pintar no Brasil entre os futuros lançamentos é o Renault Austral, SUV médio apresentado nesta terça-feira (08/03) na Europa para concorrer com Hyundai Tucson e Jeep Compass.
Tudo indica que o novo motor anunciado pela Renault será a versão aprimorada do SCe 1.0 de três cilindros aspirado, que atualmente equipa o Kwid e o Sandero. O propulsor turbinado, que na Europa é movido apenas a gasolina e está presente nos Renault Clio e Captur, além dos Dacia Sandero e Logan, entrega 100 cv de potência e 16,3 kgf.m de torque. A versão nacional do 1.0 turboflex deverá atingir números superiores a esses quando abastecido com etanol.
Inicialmente, a plataforma CMF-B seria utilizada para produzir novos carros da Renault e, compartilhada com a Nissan. Dos sete modelos previstos para os próximos anos, dois, aparentemente, foram cancelados (novos Sandero e Logan). Restam cinco, de segmentos superiores (provavelmente apenas SUVs de diferentes categorias).
Até junho deste ano, a marca francesa concluirá o ciclo de investimentos de R$ 1,1 bilhão com o lançamento da picape Oroch reestilizada. Nos próximos dois anos, a fabricante se dedicará à comercialização de modelos importados e eletrificados.
Dessa forma, o mercado brasileiro terá a versão elétrica do Renault Kwid com uma configuração exclusiva para o país. No segundo semestre de 2022, é aguardado o lançamento do SUV médio elétrico Mégane E-Tech. Em 2023 será a vez do SUV cupê híbrido Arkana E-Tech.