A Volkswagen anunciou nesta sexta-feira (5) que vai colocar em prática a estratégia "Accelerate" para antecipar os seus planos de eletrificação. Com a ação, a VW pretende responder por mais de 70% dos carros elétricos vendidos na Europa até 2030 - o dobro da previsão anunciada pela marca alemã em 2016.
A significativa alteração em relação aos planos anunciados anteriormente, que apontavam para 35% do total de vendas até o final da década, foi decidida após a Volkswagen considerar que o momento é propício para tornar a marca mais atrativa para a mobilidade sustentável.
Segundo o CEO da Volkswagen, Ralf Brandstätter, a meta da empresa é lançar pelo menos um carro elétrico por ano para atingir os novos objetivos de vendas de veículos movidos a eletricidade. Este ano, a Volkswagen vai introduzir três modelos no exterior: ID.4 GTX com tração integral, ID.5 (SUV cupê), ID.6 (SUV grande para a China). Já a versão de produção do ID.Buzz deverá estrear em 2022.
O executivo também adiantou que um inédito compacto elétrico será lançado em 2025. Já o novo topo de gama “Artemis EV”, baseado numa plataforma mais atual, está previsto para 2026.
Com a estratégia Accelerate, a Volkswagen pretende representar mais da metade das vendas de carros elétricos nos Estados Unidos e na China. Brandstätter afirmou que a empresa investirá 16 bilhões de euros nos próximos cinco anos para o desenvolvimento de softwares e de tecnologias digitais, inclusive sistemas de condução autônoma.
“A chave é a digitalização. O carro é agora um produto orientado pelo software, como um dispositivo ligado à internet. Os carros vão tornar-se mais inteligentes e seguros. A eletrificação é apenas o início, a verdadeira disfunção ainda está para chegar”, disse Brandstätter.
Apesar da ofensiva de modelos elétricos, Brandstätter também acrescentou que os automóveis com motor a combustão interna continuarão a desempenhar um papel importante na marca, e que alguns dos modelos mais vendidos, como Golf, Tiguan, T-Roc e Passat, terão novas gerações.
O executivo acrescentou que esses veículos serão necessários durante algum tempo, “mas necessitam ser ainda mais eficientes”, em referência à tecnologia híbrida plug-in (com baterias que podem ser recarregadas em tomadas).