Fim do Tiguan 1.4: VW já prepara nova cara do SUV

Versões de entrada do modelo serão substituídas pelo Taos, mas configuração mais forte com motor 2.0 turbo será renovada

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André Deliberato
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Você viu aqui no WM1 que o Taos será lançado entre abril e junho para ocupar um espaço de mercado deixado pelas versões de entrada do Tiguan. Essas configurações usavam o mesmo motor 1.4 turboflex do modelo revelado recentemente, conhecido pela insígnia 250 TSI. Mas essa "troca" não significa que o Tiguan vai sair de cena.

"Na verdade, a versão do Tiguan que sempre emplacou mais foi a R-Line 350 TSI (com motor 2.0), justamente a única que vamos manter" me revelou uma fonte ligada ao fabricante. É justamente essa configuração que deve ganhar novidades em breve - possivelmente no final do segundo semestre, mas com chances de ficar só para 2022.

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O que muda no novo Tiguan

Lá fora, o carro passou recentemente por uma grande reformulação. Resumidamente, ganhou uma reestilização visual baseada no desenho do inédito Golf 8, versão com sistema híbrido e até uma configuração mais esportiva, que carrega o emblema "R" na carroceria. É a primeira reestilização da segunda geração do Tiguan, lançada globalmente em 2016.

Uma das novidades por aqui pode ser a configuração híbrida plug-in (recarregável em tomada), batizado de eHybrid - para competir contra as novidades "sustentáveis" que ganham cada vez mais força no segmento de carros de luxo. Segundo a Volks, nessa versão, o Tiguan consegue acelerar até 130 km/h e rodar 50 km sem gastar combustível.

Seu conjunto é formado pelo mesmo motor 1.4 TSI de 150 cv que conhecemos combinado a outro elétrico, de 115 cv - que, juntos, rendem 245 cv (atenção: a potência final não é a soma das potências dos dois motores). Essa configuração também oferece um modo de condução mais esportivo, classificado como GTE.

A segunda novidade do Tiguan 2022 é exatamente a versão esportiva R, que troca o conjunto 1.4 pelo 2.0 TSI mais arretado do Golf R, preparado para chegar a 320 cv (contra 220 cv do atual R-Line). Nessa configuração, a tração integral tem diferencial central para distribuição e vetorização eletrônicos de torque. São seis modos de condução: Race, Sport, Comfort, Individual, Offroad e Snow.

Nessa opção, inclusive, o carro também oferece controle dinâmico de chassi, suspensões mais baixas em 1 cm, rodas de 21" (nas outras variam de 17" a 20") e até um escapamento esportivo da Akrapovic como opcional. O câmbio é sempre automático de oito marchas. Mas acreditamos que o valor dessa versão o colocaria fora do limite permitido para que o SUV mantivesse competitividade no mercado.

Traseira mudou pouco: lanternas em LED e para-choques têm novo desenho, mas quase não dá para perceber
Crédito: Divulgação
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A configuração que vem para cá

Acreditamos que a configuração R-Line com o motor 350 TSI seja a que irá se manter com mais força no mercado brasileiro, importada do México. Mas também apostamos que acima dessa versão a Volks possa trazer a variante híbrida do carro justamente para filar uma parte interessante do mercado que já começa a enxergar com bons olhos os tais modelos sustentáveis.

Quando? As novidades podem começar a desembarcar por aqui ainda este ano, possivelmente no final do segundo semestre, mas o bom número atual de vendas do Tiguan 350 TSI pode fazer com que isso demore mais um pouco - ou seja, ficar para o primeiro semestre do ano que vem.

Se isso acontecer, a Volks formaria um quarteto de lançamentos na mesma época do ano durante quatro anos seguidos: T-Cross em 2019; Nivus em 2020; Taos em 2021 e Tiguan em 2022.

Tiguan atual seria substituído praticamente por um mesmo carro, só que mais moderno e tecnológico
Crédito: Ricardo Rollo
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