Lembre dos SUVs que deixaram o Brasil

Selecionamos três modelos de utilitários esportivos que duraram no máximo três anos consecutivos no mercado brasileiro

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Fernando Miragaya
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Em mais uma reportagem da série sobre carros que passaram rápido pelo Brasil, vamos refrescar sua memória com a carroceria mais desejada do mundo. Recordamos três SUVs que deixaram o Brasil em menos de três anos.

São modelos de origens e propostas distintas, mas que ainda rendem seminovos com custo/benefício atraente. Confira os utilitários que passaram como um raio pelo país.

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SUVs que deixaram o Brasil em até três anos

Dodge Durango (2013-2015)

Um dos SUVs que deixaram o Brasil, Dodge Durango se destaca pela robustez e imponência
Crédito: Divulgação
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Depois de interromper a importação do Journey no ano passado, a marca norte-americana não tem mais modelos no Brasil. Mas o fabricante já foi bem animado em suas tantas idas e vindas do país sob o controle de diferentes montadoras. Produziu, inclusive, picape média no Paraná, a Dakota. Uma tentativa recente foi com o Durango.

Importado dos EUA, o SUV chegou em 2013 com banca pelos mais de 5,11 metros de comprimento e mais de 3 m de entre-eixos. Sob o capô, o voluntarioso motor Pentastar, um V6 de 286 cv. Usava tração 4x4 e câmbio automático de cinco marchas.

Além dos sete lugares, se destaca pelos itens de série. Duas telas independentes de 9” prometem entreter o viajante da segunda fila de bancos. Controles de estabilidade e tração, banco do motorista elétrico, ar com três zonas, couro, quadro de instrumentos configurável e central multimídia com tela de 8” fazem parte do pacote.

No último ano de sua importação, em 2015, a caixa de cinco marchas deu lugar a uma mais moderna, de oito velocidades - relembre nosso teste com o SUV. A potência do V6 foi aumentada em 8 cv e o modelo passou a vir em versão única.

O preço salgado de quase R$ 220 mil não fez sucesso. E a recente FCA (Fiat Chrysler Automobiles) estava mais preocupada com a produção da Jeep em Pernambuco. O Durango tornou-se um dos SUVs que deixaram o Brasil, em 2015.

JAC T6 (2015-2016)

Com porte de médio, JAC T6 oferecia bom custo/benefício em relação aos compactos da época
Crédito: Divulgação
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Afetada pelo InovarAuto, a marca chinesa teve de se virar para trazer carro que fizesse volume e fosse rentável. E obviamente enxergou nos SUVs dias melhores. O T6, inclusive, foi um dos primeiros modelos a mostrar um certo amadurecimento do fabricante.

Algumas falhas de acabamento e de comportamento dinâmico ainda eram perceptíveis - leia o teste que fizemos com o modelo. Porém, o SUV era bem mais evoluído e sólido que a linha anterior da JAC - J2, J3, J3 Turim e J6. A estratégia era a de sempre: mais espaço e equipamentos por pouco mais que o preço de um Ford EcoSport.

Sensor de ré, Isofix, regulagem de altura dos faróis, sensor de luminosidade. ar-condicionado automático, direção elétrica, trio estavam entre os itens de série e opcionais.

Câmera de ré, retrovisores rebatíveis eletricamente, couro e central multimídia com espelhamento de celular eram opcionais, que são encontrados nos seminovos à venda.

Dos SUVs que deixaram o Brasil desta lista, o T6 é um dos com melhor custo/benefício. O motor 2.0 16V flex de 160/155 cv é pacato, ainda mais pelas relações longas do câmbio manual de cinco marchas e o peso do bicho. Acabou substituído pelo T60.

Cross Lander CL-244 (2003 - 2006)

Cross Lander queria herdar os órfãos do Toyota Bandeirante, mas não teve muito sucesso
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O jipão robusto começou a ser produzido na Zona Franca de Manaus em 2003. Baseado em um projeto da romena Aro, o grandão queria conquistar os viúvos e viúvas do Toyota Bandeirante, cuja produção havia sido encerrada em São Bernardo do Campo (SP).

No porte, o grandão cumpria a promessa. Com linhas quadradonas, usava motor turbodiesel 2.8 de quatro cilindros e 132 cv projetado pela International. Tem entre-eixos curto (2,35 m) e suspensão por eixo rígido na traseira com feixe de molas.

O robusto sistema de tração 4x4 tem bloqueio do diferencial, mas é à moda antiga. É preciso saltar do carro e meter a mão na lama para fazer o engate na roda. Custava R$ 50 mil, mas não seduziu os jipeiros de plantão e deixou de ser produzido três anos depois.

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