No começo dos anos 2010, o cenário econômico brasileiro era promissor, principalmente entre 2012 e 2014. Prova disso é que muitas marcas de carro que nunca haviam vendido seus automóveis por aqui começaram a estudar essa possibilidade.
Abaixo, fizemos uma lista com cinco dessas marcas que chegaram a desembarcar em solo nacional, mas que logo foram embora. Os mais novos vão se divertir!
A chinesa é uma das marcas controladas pelo poderoso Grupo Geely, que hoje é dono da Volvo, da Zeekr, da Lotus e também um dos maiores acionistas da Daimler - por meio de seu CEO, o chinês Li Shufu.
Mesmo assim, a primeira tentativa no Brasil não deu certo. A empresa começou a vender carros por aqui em 2014, pelo Grupo Gandini - o mesmo que representa a Kia -, mas as importações pararam em março de 2018.
Segundo a Geely do Brasil, a marca se tornou uma "operação deficitária" devido ao programa Inovar-Auto, promovido pelo governo brasileiro entre 2012 e 2017.
A Mahindra é a maior fabricante de carros da Índia. Veio ao Brasil pelas mãos da importadora Bramont, em 2007, e chegou até a montar automóveis no polo industrial automotivo de Manaus (AM) - os produtos escolhidos foram uma picape que se chamava "Pik Up" e um SUV denominado "M.O.V.".
Só que o volume de vendas foi muito baixo e as contas não fecharam - por isso, a empresa indiana decidiu voltar para casa no começo de 2015, mesmo com uma concessionária em Brasília que cuida de seus tratores.
Curiosamente, lá fora a fabricante parece estar bem financeiramente, já que naquele mesmo ano passou a ser dona do famoso estúdio italiano de design Pininfarina.
A Changan foi uma das primeiras marcas chinesas a vir para o Brasil, em 2006, quando ainda se chamava Chana. Foi trazida pelo grupo importador Districar, que acreditava no sucesso da operação.
O resultado, porém, não foi como o esperado. Acreditava-se que o nome polêmico poderia ser uma das causas - por isso, em 2011, a fabricante decidiu trocá-lo por aqui, de Chana para Changan.
Não era isso. Tanto que, no final de 2016, a empresa decidiu pedir as contas e ir embora. Curiosamente, há alguns anos a marca chegou a cogitar um retorno com a promessa de vender SUVs e até carros elétricos, mas o projeto não foi adiante.
De origem inglesa, a tradicionalíssima MG (sigla para Morris Garage) foi comprada pelo grupo chinês Saic Motors em 2005 e, em 2011, passou a ser trazida para o Brasil pela importadora Forest Trade.
Mas a empreitada fracassou: com poucos pontos de vendas e raras ações publicitárias, muita gente sequer soube de suas operações no país.
Após emplacar quase nada, a MG deixou o mercado apenas dois anos depois, em 2013, e se tornou outra das marcas de carro a deixar o Brasil rapidamente. Na Ásia e em alguns países europeus, porém, a empresa sobrevive e com algum destaque.
A Cross Lander do Brasil foi criada em 2002, como resultado da associação entre um grupo brasileiro e empresários norte-americanos do setor de distribuição de veículos.
O principal objetivo da empresa era a montagem de jipes chamados "ARO", de origem romena, em instalações a serem inauguradas em Manaus (AM).
O primeiro modelo lançado foi o CL-244, utilitário 4x4 derivado do ARO 24, porém sem o facelift que o carro havia recebido na Romênia. Foram 72 unidades naquele ano e 200 no ano seguinte, antes da linha de produção ser paralisada por uma série de fatores - como dificuldades para atender à legislação ambiental brasileira. As tentativas duraram até 2006.