A Seres não deixou de operar no Brasil, apesar da forte repercussão a respeito de sua saída do país neste início de semana. De acordo com a empresa, a importadora passa atualmente por "período de reestruturação comercial".
Um comunicado divulgado nesta terça-feira (23) confirma que a marca deve mudar de estratégia e abdicar do plano inicial de vendas diretas - a partir de agora, a meta é criar uma rede de concessionárias. Segundo a Seres, 15 grupos já manifestaram interesse em revender seus veículos.
Durante este período de transição, porém, vale dizer que houve postergação na chegada de novas unidades "devido ao sucesso comercial dos modelos na China". Essa é a resposta oficial.
Ainda de acordo com a Seres, essa fase de transição diminuiu a disponibilidade de unidades para outros mercados. Por enquanto, as operações no Brasil continuam, com test-drives e abertura de pedidos para clientes.
A expectativa é que, depois dessa fase de reestruturação, o SUV híbrido plug-in E5 seja lançado de forma oficial no Brasil. As primeiras unidades já desembarcaram e um novo lote com 24 carros está previsto para chegar até agosto.
Tem mais: segundo a Seres, outro fator que atrasou a chegada de novos modelos foi a falta de agenda nos laboratórios brasileiros credenciados para homologação.
"Uma das possibilidades para apressar esse processo é fazer os testes de laboratório requeridos na China, com a presença de técnicos brasileiros", explica José Augusto Brandimarti, chefe de operações da Seres.
Dentro de um período aproximado de 90 dias, que corresponde ao tempo de reestruturação, a Seres irá confirmar seus planos para o mercado brasileiro.
Esta movimentação, nas palavras da Seres, "reflete o compromisso em se estabelecer e crescer no Brasil, trazendo novidades e ampliando sua presença com a abertura de novas concessionárias e cogitando a possível instalação de uma unidade de produção local".