BMW começa a testar carros a hidrogênio na estrada

De acordo com a empresa, a próxima fase dos testes tem potencial para ser a de produção dos modelos em série, como o iX5

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André Deliberato
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A BMW mostrou na última semana, a representantes da mídia internacional, os primeiros veículos de uma frota "piloto" de carros movidos a hidrogênio que promete entrar em serviço este ano.

Após quatro anos de desenvolvimento, o iX5 movido a hidrogênio entra em sua fase final. Já falamos sobre ele aqui no WM1, em agosto de 2021.

A frota tem menos de 100 veículos e será empregada internacionalmente para fins de demonstração e avaliações por vários grupos.

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Na visão da marca, essa experiência será a primeira chance de se obter uma impressão exata do que o BMW iX5 a hidrogênio tem a oferecer.

"O hidrogênio é uma fonte de energia versátil, que tem papel fundamental no processo de transição energética e na proteção climática. É uma das maneiras mais eficientes de armazenar e transportar energias renováveis", explica Oliver Zipse, presidente do Conselho de Administração da BMW.

"Devemos usar esse potencial para acelerar a transformação do setor de mobilidade. O hidrogênio é a peça que faltava no quebra-cabeça quando se trata de mobilidade livre de emissões. A tecnologia, por si só, não será suficiente para permitir a mobilidade neutra do clima em todo o mundo", adiciona.

O BMW iX5 a hidrogênio é o primeiro carro da marca que deve ser vendido em série com essa tecnologia
Crédito: Divulgação
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Como é o BMW iX5

O BMW iX5 a hidrogênio foi desenvolvido com base no atual X5 e revelado pela primeira vez como conceito no Salão de Frankfurt em 2019 - os protótipos iniciais, aliás, foram usados para fazer o transporte dos visitantes.

Os sistemas de células de combustível eficientes são feitos pela BMW em seu centro de competência para hidrogênio em Munique. Essa tecnologia é um dos elementos centrais do carro e gera uma alta produção contínua, de 125 kW/170 cv.

Uma reação química ocorre na célula de combustível entre o hidrogênio gasoso dos tanques e o oxigênio do ar. Manter um suprimento constante dos elementos para a membrana da célula de combustível é de importância crucial para a eficiência do sistema.

Além dos equivalentes tecnológicos dos recursos encontrados nos motores de combustão, como refrigeradores de ar de carga, filtros de ar, unidades de controle e sensores, o grupo BMW também desenvolveu componentes especiais de hidrogênio para seu novo sistema de células.

Isso inclui o compressor de alta velocidade com turbina e bomba de líquido de arrefecimento de alta tensão.

A BMW, no entanto, anda obtém as células de combustível da Toyota. As duas empresas fecharam uma parceria anos atrás, e ainda colaboram no desenvolvimento de sistemas de células de combustível desde 2013.

A BMW ainda obtém as células de combustível da Toyota, após parceria fechada anos atrás
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Resultado

A combinação de uma unidade de acionamento altamente integrada com a tecnologia BMW eDrive da quinta geração (o motor elétrico, a transmissão e os eletrônicos de energia são agrupados em uma caixa compacta no eixo traseiro) e uma bateria de íons de lítio desenvolvida especialmente para este veículo faz com que o motor tenha até 401 cv. Esse motor também serve como gerador.

O BMW iX5 está sendo produzido na fábrica de Munique, na Alemanha. Vale dizer que o preenchimento dos tanques de hidrogênio leva de três a quatro minutos e que, até 2030, a BMW quer que os carros 100% elétricos respondam por mais de 50% de suas vendas.

Resumo dos dados técnicos até agora definidos:

Saída máxima do sistema de acionamento geral: 401 cv

Saída contínua elétrica do sistema de células de combustível: 170 cv

Saída máxima da bateria (tecnologia de íons de lítio): 231 cv

Capacidade dos tanques de hidrogênio: 6 kg de hidrogênio (gasoso)

Aceleração de zero a 100 km/h: 6 segundos

Velocidade máxima: 180 km/h

Consumo de hidrogênio no ciclo WLTP: 1,19 kg/100 km

Alcance no ciclo WLTP: 504 quilômetros

 

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