Apesar do título curioso, acredite, essa prática acontece bastante no setor automotivo: há vários carros que mudaram completamente de geração e só deixaram o nome no documento. Você já ouviu falar ou imaginou algum modelo que passou por essa prática?
Abaixo, vamos mostrar cinco deles, dentre tantos carros que mudaram completamente de visual, plataforma, tamanho e até de categoria, e mantiveram só o nome - talvez os que tiveram as atualizações mais profundas dos últimos tempos.
Lembra de algum outro? Como sempre, deixe em nosso campo de comentários!
A mais recente geração do clássico utilitário britânico Land Rover Defender foi apresentada no final de 2019, no Salão de Paris. A única coisa que esse veículo manteve da primeira geração foi o nome - além do espírito lameiro. De resto, absolutamente tudo é inédito.
A nova geração do carro chegou ao Brasil na metade de 2020 em três versões. Apenas como parâmetro de comparação, o novo Land Rover Defender é 10 vezes mais rígido que um da geração anterior, e também 10% mais rígido que um Range Rover do portfólio atual.
O Polo que saiu de linha em 2014 não tem absolutamente nada a ver com o hatch que voltou a ser fabricado e vendido no Brasil em 2017. Trata-se, portanto, de mais uma troca de geração em que apenas o nome foi mantido.
O carro era fabricado sobre a base PQ24 (que também serviu a Fox, Gol, Voyage etc.), e passou a ser feito sobre a estratégia modular MQB, também aplicada a T-Cross, Nivus, Taos, Tiguan, Jetta e Virtus.
Visualmente, o carro também é bem distinto: deixou de lado os ângulos arredondados para adotar vincos mais retilíneos e modernos.
Mais um exemplo de carro que trocou completamente de plataforma, tamanho e até de proposta. O Tracker, que mudou de geração em 2020, assumiu lugares no pódio de seu segmento durante vários meses e é um veículo maior e totalmente distinto daquele que conhecíamos - que também já era outro automóvel, se comparado à primeira geração, feita em parceria com a Suzuki.
Atualmente, o SUV compacto usa a mesma plataforma do Onix, originária da China (conhecida como GEM), embora sua fabricação aconteça em São Caetano do Sul (SP) - enquanto a do hatch fica concentrada em Gravataí (RS).
Vale lembrar que a geração anterior vinha do México e tinha a base do Sonic; e que a primeira era importada da Argentina, onde compartilhava linha com o Suzuki Grand Vitara.
O Ford Ka foi outro carro que mudou completamente de projeto e só manteve o nome quando foi relançado, em 2015. O veículo trocou até de carroceria - deixou de ser apenas um hatch subcompacto de duas portas para assumir o papel de hatch compacto de entrada com quatro portas no line-up da marca.
A mudança originou até uma versão sedã, que não existia, chamada Ka+ - que posteriormente viria a se chamar Ka Sedan.
As trocas fizeram bem: o Ka chegou a ser um dos carros mais importantes da Ford no Brasil, e ter exportação que saía da finada fábrica de Camaçari (BA) para vários países do mundo.
Vamos finalizar essa lista com um dos carros mais importantes do cenário atual do mercado brasileiro: o Jeep Compass, SUV médio que todo fabricante tenta desbancar, mas não consegue.
O Compass de atual geração foi apresentado em 2016, um ano após outro fenômeno da marca, o Renegade.
Do antigo Compass, só o nome restou - a prova é que o utilitário que passava a ser fabricado no Brasil não sabia se ia se chamar "Compass" até os últimos instantes e a decisão foi tomada dias antes do lançamento.
"Patriot" e outras opções de denominações disputaram o título até os momentos finais.