A Mercedes-Benz deu início à reformulação da linha de SUVs com o lançamento da nova linha do GLC. Lançado nesta quarta-feira (23), o utilitário esportivo médio está disponível em duas carrocerias. A primeira delas é um SUV tradicional, oferecido nas versões Off-Road, que custa R$ R$ 294.900, e Enduro, tabelada em R$ 329.900. Já a variante Coupé é vendida por R$ 363.900.
Pela primeira vez o modelo é oferecido no Brasil com motor a diesel. Ele equipa as versões 220 d, de carroceria mais conservadora, e rende 194 cv de potência e 40,7 kgf.m de torque máximo. O propulsor trabalha em conjunto com uma transmissão automática de nove velocidades. O conjunto permite com que o carro chegue à velocidade máxima de 215 km/h (limitado eletronicamente), sendo que os 100 km/h são atingidos em 7,9 segundos.
Já a versão 300 4MATIC Coupé tem o novo motor 2.0 a gasolina de quatro cilindros que desenvolve 258 cv e 37,7 kgf.m. A transmissão também é de nove marchas. O modelo pode chegar a 240 km/h e cumpre com a distância de 0 a 100 km/h em 6,3 segundos.
Outra novidade da linha GLC é a tecnologia MBUX, inédita na linha de SUVs da Mercedes. É a nova central multimídia baseada em uma tela de 10,25 pelegas sensível ao toque e que responde a comandos por voz.
MERCEDES-BENZ GLC 220 D
A versão Off-road do GLC vem com câmera de ré, enquanto a configuração Enduro tem ainda sistema 360 graus. Ambos tem abertura e fechamento da tampa do porta malas a partir do movimento de um dos pés a uma distância de 30 centímetros e faróis full led. São exclusividades da versão Enduro os frisos com a inscrição “Mercedes-Benz” iluminados, acabamento interno em madeira preta fosca e sistema de som surround Burmester.
Em relação a tecnologias ativas, o SUV traz ainda monitor de ponto cego e assistente de permanência em faixa. Airbags para os joelhos são outros itens de série.
O WM1 fez o teste drive com a versão Enduro e pode dizer que o modelo tem desempenho surpreendente, em especial, por conta de dois fatores. O primeiro deles tem a ver com o isolamento acústico. O mais desavisado jamais notaria estar a bordo de um modelo a diesel. É impressionante como o habitáculo é silencioso. Os ruídos do rolamento invadem mais a cabine do que aqueles emitidos pelo trabalho do motor.
O único indício de que a propulsão é a diesel está no painel de instrumentos, quando vemos a autonomia do GLC. Mesmo sem dosar a força no pedal do acelerador, chegamos a uma autonomia superior a 750 quilômetros, com consumo médio na casa dos 16 km/l em trecho predominantemente rodoviário.
Já a outra surpresa que o SUV nos oferece é um tanto decepcionante. Mesmo ao dispor de mais de 40 quilos de torque, o modelo tem respostas um pouco tardias para tirar os 1.835 quilos da inércia. É evidente que ele entrega vigor de sobra para fazer viagens sem dor de cabeça, mas tem desempenho ameno.
Por outro lado, suspensão e freios deixam boas impressões. O GLC apresenta estabilidade e segurança em curvas fechadas e responde com precisão aos comandos de frenagem.
O interior lembra bastante o sedã Classe C e tem materiais requintados como alumínio, preto brilhante e até madeira. Existem três opções para revestimento interno (preto, bege e cinza). Já a pintura externa é oferecida em oito cores. Preto e branco polar são as alternativas sólidas. Já as metálicas são preto Obsidian, prata Iridium, cinza Graphite, prata Mojave, azul Brilhante e cinza Selenite.
Por fora, o facelift do GLC traz poucos atrativos. São basicamente reformulações em detalhes da grade frontal e do para-choque, além do desenho dos faróis e das lanternas. Os mais chamativos, aliás, ficam por conta dos conjuntos óticos traseiros. Os LEDs quadradinhos fazem com que o carro tenha uma personalidade própria.
OUTROS LANÇAMENTOS
A Mercedes anunciou que o GLC vai ser disponibilizado em breve nas versões assinadas pela divisão esportiva AMG. Terão opções 43 e 63, sendo a última a mais potente.
A montadora anunciou ainda novidades para a gama de SUVs. Alguns modelos vão ganhar novo visual e mais equipamentos, a exemplo do GLC. Há ainda utilitários que receberão nova geração, enquanto outros serão lançamentos inéditos.
Para este ano, apenas uma novidade está prevista. O GLE deve chegar ao País em dezembro. Ele terá versões SUV e Coupé, além da AMG. Haverá opções de motor a diesel e a gasolina.
Em meados do ano que vem deve chegar o inédito GLB, utilitário de sete lugares que também tem opção de carroceria Coupé. Pouco depois chega a nova geração do GLA, único SUV feito pela Mercedes no Brasil, em Iracemápolis (SP).
Por fim, no segundo semestre de 2020, está prevista a chegada do SUV topo de linha da marca, o GLS. Os preços só serão revelados na ocasião de cada lançamento.