Sabe aquele jogador de futebol que entra em campo e, na única bola que recebe, chuta para fora e logo depois o árbitro apita o final da partida? Pois é, essa é mais ou menos história da Mercedes Classe X, que chega ao fim após três anos de produção.
Lançada com alarde em 2017, a primeira picape média da Mercedes-Benz chegou com bastante pompa. Fruto de uma parceria com a aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, compartilhava plataforma e componentes com a nova geração da Frontier e a então inédita Alaskan.
As três picapes chegaram a ter produção anunciada em Córdoba, na Argentina. E também vendas no Brasil. Contudo, com o passar do tempo, o futuro da Classe X foi ficando cada vez mais incerto devido aos altos custos de fabricação.
O projeto de produção no Mercosul, então, foi descartado - junto com a da Alaskan. Na unidade argentina e no mercado brasileiro, só a Nissan cumpriu o combinado e lançou a nova geração da Frontier.
A Mercedes Classe X foi produzida em Barcelona, na Espanha. De lá, saíram apenas 8 mil picapes com a marca da estrela de três pontas - do total de 38 mil unidades da plataforma compartilhada.
Muitas são as razões apontadas para o fracasso da Classe X. Em especial, o fato de que a picape tinha a proposta de marca de luxo, mas era muito parecida com as irmãs no desenho. Some-se a isso o nível de qualidade de materiais usados no acabamento, que não era tão superior.