A Mercedes-Benz apresentou na Consumer Electronics Show (CES), em Las Vegas (Estanos Unidos), um carro-conceito inspirado no filme "Avatar". O modelo é chamado de Vision AVTR.
O próprio diretor do longa-metragem, James Cameron, esteve presente na avant-premiére. De acordo com a fabricante, o carro nasceu para "remodelar o conceito de luxo moderno da marca". Além disso, muita coisa segue o conceito de homem conectado à natureza apresentado pelo filme.
A Mercedes ressaltou que procura sempre combinar luxo e sustentabilidade. No caso do Vision AVTR, a marca diz que quer mostrar como um carro pode se misturar harmoniosamente com o meio ambiente - para a empresa, no ecossistema do futuro, o "luxo definitivo é a fusão do homem e da natureza com a ajuda da tecnologia".
Assim que você entra no carro, o veículo se torna uma extensão do seu próprio corpo e uma ferramenta para descobrir o ambiente. Assim como acontece no filme, onde os humanos podem usar avatares para ampliar e expandir suas habilidades.
As conchas das portas são transparentes e dão a impressão de leveza e eficiência da carroceria. Ao mesmo tempo, abrem a visão do interior e destacam como a marca enxerga sua visão futura de design: uma fusão entre exterior, interior e o sistema de entretenimento.
A abertura e fechamento das portas, acredite, é inspirada nas asas de um banshee, os animais voadores dos Na'vi de "Avatar".
Por fora, o Vision AVTR tem superfície prateada, além dos detalhes luminosos azulados, como na máscara frontal típica do SUV EQ. No total, são 33 elementos de superfícies móveis multidirecionais na traseira do veículo que permitem uma interação completamente nova do carro com os arredores.
Esses detalhes, segundo a marca, remetem aos animais "pandorianos" do filme. Além disso, eles podem ser usados como painéis solares.
Os designers do carro usaram os "woodprites", as sementes da Árvore das Almas de "Avatar", como inspiração para o modelo das rodas. Tem mais: todas as quatro rodas do veículo podem mudar de direção. Em combinação com a disposição dos eixos, é possível mover o veículo não apenas para frente e para trás, mas também na diagonal.
Como resultado, o modelo alcança uma agilidade extremamente alta e - o chamado pela empresa - de "movimento do caranguejo".
A primeira interação ocorre de maneira totalmente intuitiva: ao colocar a mão no console central, o interior ganha vida e o veículo reconhece o motorista pela respiração. O painel não tem nada de convencional: é curvo e totalmente exibido por meio de gráficos em 3D em tempo real.
Segundo a Mercedes, o Vision AVTR detecta automaticamente quando uma família está a bordo e se adapta de acordo com suas funções. Os bancos dianteiros, por exemplo, são conectados aos traseiros.
Ao mesmo tempo, os monitores podem ser usados para monitorar o bem-estar de crianças. E o pulso dos passageiros da frente pode ser visualizado pela luz, reforçando a sensação de conexão e segurança para quem está nos bancos de trás.
A natureza, como dito pela Mercedes, serve como principal fonte de inspiração para o interior: toda a estrutura é projetada a partir de uma linha e assume formas orgânicas. Elementos florais e tecidos suaves contrastam com contornos dinâmicos.
Todos os materiais são veganos. Até o couro vegan da marca Dinamica. Trata-se de material reciclado feito a partir de roupas velhas, bandeiras e garrafas PET.
Você deve ter percebido que não falamos de motor, câmbio etc. Como falamos, o conceito é um estudo do que a Mercedes-Benz pensa para o futuro, e portanto dados técnicos não foram revelados.
O carro sequer tem volante, já que, na teoria, ele seria totalmente autônomo. O controle do carro é feito através de um painel que pede ativação por gestos com a mão e - veja só - os assentos também vibrariam de acordo com o batimento cardíaco do dono quando a mão estivesse conectada.
“O mundo da Pandora está intimamente relacionado à nossa filosofia de design. Os Na'vi desenvolveram formas de transporte fascinantes e até aventureiras. "Avatar" é um filme em que a mobilidade e as dimensões desempenham papel central, e a conexão dos seres humanos com a natureza foi, obviamente, uma grande inspiração”, conclui Gorden Wagener, chefe de design do Grupo Daimler.